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Conmebol define duelos da primeira fase preliminar da Sul-Americana; veja os jogos
A ConmeBOL definiu, nesta ter�a-feira, os confrontos da primeiro fase preliminares da sul-americana. O sorteio foi realizado na sede da entidade, no Paraguai;
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partida �nica entre times do mesmo pa�s. As duas equipes de cada regi�o que avan�arem, garantem a vaga na fase de grupos.
Confira os confrontos da primeira fase (os times � esquerda decidir�o a eliminat�ria$5 minimum deposit online casinocasa)
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Delf�n (EQU) x Universidad Cat�lica (OQU), EQU).T�cnico Universitario (DU) X Universidad Universidad Catolica (PER)
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O objetivo deste texto, de car�ter explorat�rio, foi realizar uma aproxima��o entre os estudos sobre o processo de globaliza��o e o futebol.
Para tanto, utilizou-se as pesquisas de autores que priorizaram a globaliza��o e outros que a relacionavam com o futebol.
Constatou-se a possibilidade de integrar estes dois objetos sob as distintas abordagens sugeridas pelos autores, seja pela forma descricionista das caracter�sticas da globaliza��o, pela an�lise da rela��o entre o local e o global, ou ainda pelo combate a hegemonia provocada pelo fen�meno da globaliza��o, levantada por alguns autores.
Introdu��o
No Brasil, o futebol � um dos temas preferidos da popula��o.
Ele � debatido recorrentemente$5 minimum deposit online casinodistintos n�veis de discuss�o e$5 minimum deposit online casinotodos os lugares, desde os programas de televis�o, nas reportagens de jornais e revistas, nas argumenta��es acad�micas at� as conversas de botequim.
Sua import�ncia fez que inspirasse filmes, m�sicas e novelas.
Tendo$5 minimum deposit online casinoconta as devidas propor��es, os debates sobre o fen�meno da Globaliza��o tamb�m passou a ser incorporado por diferentes ambientes.
O senso comum tem entendido a globaliza��o como sin�nimo de um ou mais dos seguintes fen�menos: pol�tica da liberdade de mercado$5 minimum deposit online casinouma economia mundial; a ocidentaliza��o ou americaniza��o do modo de vida pol�tica, econ�mica e cultural; a prolifera��o de novas tecnologias de informa��o, notadamente a internet; e o vislumbramento de uma comunidade unificada.
Mas, academicamente qual � o significado da Globaliza��o? Quais suas caracter�sticas, causas e conseq��ncias? Qual � a$5 minimum deposit online casinointerfer�ncia ou influ�ncia sobre o campo esportivo, e$5 minimum deposit online casinoespecial sobre o futebol?
Assim, nesta perspectiva, o objetivo desse estudo foi verificar como est� sendo tratada a rela��o entre Futebol e o processo de Globaliza��o no meio acad�mico e apresentar algumas perspectivas te�ricas para os estudiosos dessas duas tem�ticas.
Globaliza��o e futebol
Na Enciclop�dia de Filosofia de Stanford, o verbete "Globaliza��o" foi esmiu�ado pelo Professor Willian Scheuerman, do Departamento de Ci�ncias Pol�ticas da Indiana University (Estados Unidos).
Para o pesquisador, a Globaliza��o est� relacionada especialmente com tr�s situa��es: a desterritorializa��o, a interconectividade social e a velocidade das atividades sociais.
No entendimento do pesquisador, desterritorializa��o tem conex�o com as atividades sociais que n�o est�o mais definidas$5 minimum deposit online casinoum "territ�rio", no sentido tradicional de localiza��o geogr�fica, isto �, as atividades sociais ocorrem independente de um lugar marcado.
Assim, videoconfer�ncias podem ser assistidas, de forma interativa, com pessoas espalhadas por todo o planeta, simultaneamente; mercadorias podem ter pe�as produzidas na �sia, serem montadas na Europa e vendidas na Am�rica do Sul; ou ainda, um turista pode se sentir confort�vel$5 minimum deposit online casinoum aeroporto ou shopping, ainda que esteja$5 minimum deposit online casinoum pa�s distante e com cultura distinta da$5 minimum deposit online casinona��o de origem, pois nestes locais existe uma mob�lia mundializada1.
No campo futebol�stico, o campeonato nacional ingl�s, a Premier League, � um exemplo emblem�tico deste processo de desterritorializa��o.
O campeonato nacional da Inglaterra, n�o � mais caracterizado por ser um evento com ingleses, para ingleses e no territ�rio ingl�s.
Atualmente, nesta competi��o, as partidas s�o televisionadas para todo o mundo; as equipes s�o formadas por jogadores destaques da Am�rica do Sul, �frica e de todas as partes da Europa, o que acaba estimulando a exist�ncia de um mercado consumidor$5 minimum deposit online casinoescala mundial e torcedores e simpatizantes das mais variadas na��es.
Os campeonatos nacionais da Espanha e da It�lia seguem a mesma l�gica.
A segunda caracter�stica da globaliza��o, segundo Scheuerman (2010), � a interconectividade social, que se refere ao impacto que a��es ocorridas$5 minimum deposit online casinoum lugar distante provocam no desenvolvimento de uma determinada localidade.
O futebol pode ajudar a exemplificar essa situa��o.
A Lei do Passe2 no Brasil acabou sendo revogada por influ�ncia, tamb�m, mas n�o unicamente, de uma decis�o nos tribunais europeus sobre um jogador belga.
A decis�o da Corte Europ�ia come�ou a servir de jurisprud�ncia no Brasil3.
Outra situa��o exemplar ocorrida recentemente no campo esportivo foi a cobran�a de transpar�ncia nas atividades financeiras das entidades administrativas do futebol na esfera mundial, que tamb�m come�ou a ecoar$5 minimum deposit online casinosolo brasileiro, tanto que constantemente os neg�cios envolvendo a CBF t�m sido postos$5 minimum deposit online casinod�vida.
Vide CPI CBF-Nike e queda de Ricardo Teixeira da presid�ncia da CBF.
O processo de moderniza��o do futebol brasileiro na d�cada de 1990 foi desencadeado, como veremos adiante, pela necessidade de se atualizar o modo de gest�o dos clubes$5 minimum deposit online casinorela��o ao que era feito na Europa, nomeadamente na It�lia, Inglaterra e Espanha.
Isto �, como prega Scheuerman (2010), o que acontece$5 minimum deposit online casinoum continente pode refletir$5 minimum deposit online casinopress�es para que mudan�as ocorram$5 minimum deposit online casinoum local distante.
Por fim, Sheuerman faz refer�ncia a velocidade da atividade social como uma das caracter�sticas do processo de Globaliza��o.
Enquanto a desterritorializa��o e a interconectividade social est�o mais relacionadas com o espa�o, este �ltimo aspecto procura enfatizar a import�ncia da agilidade dos processos contempor�neos.
Essa velocidade � atribu�da a prolifera��o dos transportes de alta velocidade, o desenvolvimento tecnol�gico dos meios de comunica��o e da tecnologia de informa��o.
Nesse aspecto, o espet�culo esportivo foi beneficiado, uma vez que a diminui��o das dist�ncias potencializou as oportunidades de grandes times se enfrentarem$5 minimum deposit online casinocompeti��es internacionais e,$5 minimum deposit online casinoconseq��ncia disso, o esporte ficou mais atrativo e mais f�cil de ser mercantilizado como um produto da ind�stria do entretenimento.
Al�m disso, a velocidade com que as informa��es ligadas ao campo esportivo s�o disseminadas tamb�m contribui sobremaneira para a mercantiliza��o do espet�culo.
Internet, sistemas de mensagens instant�neas via celular, canais de televis�o por assinatura, dentre outras novas tecnologias, aceleraram e inovaram a maneira como o esporte chegava aos torcedores/consumidores e se tornaram uma ferramenta eficaz para gerar receitas.
O soci�logo brasileiro Renato Ortiz n�o discorda dessas caracter�sticas que Sheuerman atribui ao processo de Globaliza��o, no entanto, aborda de forma distinta.
Uma das particularidades do pensamento de Ortiz � a forma como encara a globaliza��o da economia e da t�cnica e os seus reflexos sobre a cultura.
O autor prop�e um olhar diferenciado para a globaliza��o da cultura, que ele prefere tratar de mundializa��o.
Vejamos seus argumentos para esta decis�o:
Foi$5 minimum deposit online casinocontraposi��o a esta perspectiva que elaborei a distin��o entre os conceitos de mundializa��o da cultura e globaliza��o da economia e da t�cnica.
Eu queria afirmar, por um lado a exist�ncia de um processo �nico, mas tamb�m compreender como ele se realizava de maneira diversificada e conflitiva no �mbito dos universos simb�licos.
Neste sentido, n�o haveria uma 'cultura global' ou uma 'identidade global', a unicidade postulada no plano econ�mico e tecnol�gico seria impr�pria para se compreender a dimens�o cultural."(Ortiz, 2009, p.246)
Na$5 minimum deposit online casinoobra, Mundializa��o e Cultura, Ortiz (2000) aprofunda essa quest�o, refor�ando que a economia global pode direcionar que a economia dos outros pa�ses tome a forma que pretende, mas que o mesmo n�o se aplica a cultura.
Ou seja, n�o haveria uma cultura que se sobrepusesse sobre as outras e as exterminasse.Elas vivem juntas.
O exemplo dado pelo autor, do predom�nio da l�ngua inglesa, contribui no entendimento desse pensamento.
Para Ortiz, apesar do uso da l�ngua inglesa imperar, por in�meras raz�es que n�o trataremos aqui,$5 minimum deposit online casinov�rios ambientes transnacionais, como$5 minimum deposit online casinouma rodada de neg�cios entre multinacionais, na linguagem da inform�tica, no tr�fego a�reo ou$5 minimum deposit online casinoeventos cient�ficos e esportivos, ele n�o extermina as l�nguas nativas$5 minimum deposit online casinooutras situa��es, como na fam�lia, no trabalho e na religi�o, onde ele pouco se manifesta.
� poss�vel fazer uma analogia com o mundo esportivo.
O futebol, por exemplo, apesar de ser jogado e assistido$5 minimum deposit online casinotodo o planeta,$5 minimum deposit online casinomuitos pa�ses ele n�o extinguiu os jogos ou esportes locais.
Na �ndia, o cr�quete sobressai sobre as outras modalidades, inclusive na m�dia televisiva (UOL ESPORTE, 2011).
O Sumo, tradicional esporte no Jap�o, a despeito do futebol ter conquistado um lugar de destaque na prefer�ncia da popula��o, continua sendo praticado e assistido com o mesmo grau de interesse por grande parte da popula��o nip�nica (FERRARI, 2008).
In�meros outros exemplos poderiam ser citados para fortalecer o argumento que a difus�o de um esporte por todo o planeta motivada pela ind�stria do entretenimento n�o extingue os desportos tradicionais locais, uma vez que as culturas e povos nativos apresentam formas de resist�ncia.
Esse pensamento de Ortiz parece ir ao encontro da tese de "glocaliza��o" de Richard Giullianoti e Roland Robertson (2009).
Os autores em$5 minimum deposit online casinoobra "Football & Globalization", tratam de analisar essa rela��o entre o local e o global utilizando o futebol como objeto e tendo como tese principal a interdepend�ncia entre esses dois p�los, vistos pela maioria dos estudiosos como antag�nicos.
Os argumentos desses autores caminham no sentido de explicar a dualidade entre o homog�neo e heterog�neo, o local e o global, de uma forma in�dita, pois utilizam o campo esportivo para realizar suas interpreta��es te�ricas sobre o processo de Globaliza��o.
A explana��o baseia-se no conceito de glocaliza��o defendido por Giulianotti e Robertson e tentaremos detalhar seus fundamentos aqui.
Os autores esclarecem que a palavra glocaliza��o significa "localiza��o global" ou "globaliza��o local" e era muito usada nos c�rculos empresariais, no final da d�cada de 1980, para descrever as t�cnicas da Sony e outras empresas$5 minimum deposit online casinoadaptar as pr�ticas industriais �s condi��es locais.
No futebol, a glocaliza��o pode ser percebida no marketing de clubes e ligas, que recrutam jogadores de determinada na��o para tentar atrair torcedores/consumidores daquela nacionalidade, ou ainda, a utiliza��o de imagens televisivas globais, mas com a narra��o de um profissional local, que procura aproximar o telespectador do evento.
Segundo Giulianotti e Robertson (2009), o futebol � um campo frut�fero para discutir a dualidade do global e local, uma vez que ao observar o jogo historicamente pode-se notar como a difus�o do mesmo tem sido sustentada pelas interrela��es entre o universal e o particular, entre a heterogeniza��o e a homogeneiza��o.
Para os autores, a homogeneiza��o � evidenciada pela difus�o das regras unificadas do futebol e pela tentativa de implantar o jogo limpo (fair play) como �tica esportiva universal.
Contudo, press�es significativas$5 minimum deposit online casinodire��o a diverg�ncia cultural permanecem.
Enquanto na Inglaterra os �rbitros permitem contatos mais fortes, os �rbitros da Europa Central e Sul tendem a penalizar esse tipo de contato.
Em rela��o ao fair play, alem�es e franceses discordam do conceito de faltas profissionais que s�o usadas para evitar gols e os ingleses s�o intolerantes com jogadores que simulam les�es ou faltas.
Ou seja, apesar das regras universais, cada regi�o/pa�s interpreta distintamente algumas situa��es.
Giulianotti e Robertson (2009) utilizam tamb�m a religiosidade, aspecto que compreendem existir uma conviv�ncia entre o universal e o particular.
A religiosidade e as cren�as sobrenaturais mostram formas significativas de converg�ncia e diverg�ncia.
Assim, jogadores, equipes e torcedores,$5 minimum deposit online casinomuitas culturas, utilizam as divindades religiosas para proteger seus objetivos, mas certamente de forma muito distintas entre elas.
Na Europa, por exemplo, os jogadores t�m suas supersti��es pr�-jogo como comer alimentos espec�ficos, usar amuletos ou entrando por �ltimo no campo.
No Brasil, o movimento Atletas de Cristo tem renomados adeptos, que comemoram seus gols com agradecimentos a Deus.
Em contrapartida, na �frica, � comum a pr�tica de bruxarias, que esvaziam as energias do oponente, repelem maus esp�ritos, usam amuletos de ossos humanos ou de animais, fazem feiti�os, etc.
Dessa maneira, entendem os autores, a exist�ncia transnacional das pr�ticas espirituais confirma uma caracter�stica de homogeniza��o cultural no cen�rio esportivo, mas as formas variadas como elas s�o praticadas garantem a heterogeniza��o.
Al�m da religiosidade, Giulianotti e Robertson enxergam esse processo de Glocalidade no sistema de m�dia, que utiliza as mesmas imagens para divulgar os mega-eventos do futebol, todavia preferem utilizar seus pr�prios comentaristas e narradores para que o jogo seja interpretado de maneira nacionalmente distinta.
Os autores enxergam a interdepend�ncia entre o homog�neo e o heterog�neo at� nos estilos de jogo, t�cnicas e t�ticas ao argumentar que as t�ticas de jogo est�o padronizadas e as m�dias estat�sticas s�o utilizadas para fundamentar o treinamento f�sico, mas que pelo outro lado, a heterogeniza��o tamb�m ocorre com a tend�ncia de valorizar os jogadores de habilidade diferenciada, bem como os clubes que adotam estilos mais ofensivos.
No recorte temporal contempor�neo$5 minimum deposit online casinoque est� inserido o contexto da nossa tem�tica, esse debate sobre a globaliza��o � pertinente e importante, haja vista que n�o � un�nime a id�ia de que esse processo foi ben�fico ao esporte mais popular do planeta.
Um autor que se inscreve nessa perspectiva, a de que o processo de Globaliza��o do futebol tem conseq��ncias negativas tamb�m � o professor de Sociologia do Esporte da Loughborough University (Inglaterra), Joseph Maguire.
O pesquisador brit�nico entende que Globaliza��o faz refer�ncia a rede crescente de interdepend�ncias (pol�ticas, culturais e sociais), de tal monta que se torna dif�cil entender os processos locais sem fazer refer�ncia aos fluxos globais.
A abordagem de Maguire enfatiza a quest�o da movimenta��o de duplo sentido, entre o local e o global, que ele denominou de fluxos.
Para o autor os fluxos podem ser humanos, tecnol�gicos, econ�micos, midi�ticos e ideol�gicos4.
Inspirado nesse conceito de fluxo, Maguirre recupera os estudos de Elias e Dunning, que a princ�pio n�o visavam relacionar esporte e Globaliza��o, contudo, esses autores demonstraram estar atentos ao processo de difus�o internacional do esporte atrav�s do qual acreditavam haver conex�o entre a desportiviza��o e o processo civilizador.
Para tanto argumentavam que algumas a��es ocorridas no campo esportivo durante$5 minimum deposit online casinodifus�o, tais como o controle sobre a viol�ncia, a padroniza��o de regras, cria��o de autoridades e de institui��es administradoras, atuavam como processos de acelera��o civilizadora.
Maguire, apoiado na teoria configuracional de Elias, descreve que os costumes ocidentais, dentre eles as pr�ticas esportivas, tornaram-se sin�nimos de conduta civilizada e que os mesmos foram transmitidos de duas maneiras: pelos ocidentais que se espalhavam por outras na��es ou pela assimila��o desses costumes pelos estratos superiores dos povos n�o-ocidentais, muitas vezes atuando como s�mbolo de distin��o, prest�gio ou poder.
Dessa maneira, a dispers�o do esporte pelos continentes contribu�a para o processo dominante de difus�o da cultura ocidental sobre as outras na��es.
Por isso, o autor mostra-se receoso$5 minimum deposit online casinorela��o ao esporte-espet�culo que tende a marginalizar jogos locais.
Diante dessa amea�a sugere uma resist�ncia ao processo global de desportiviza��o, ou seja, o autor intenta propor uma alternativa ao esporte-espet�culo, sobretudo como alternativa corporal para as pessoas, opondo-se � hegemonia de um esporte globalizado.
Essa postura anti-hegem�nica n�o � isolada.
Dentre os adeptos desse posicionamento, temos o soci�logo Pierre Bourdieu (1998), que apesar de focar quase com maior intensidade no aspecto econ�mico da globaliza��o, o autor indica tamb�m a influ�ncia desse processo sobre a cultura.
Para Bourdieu, o campo cultural conseguiu certa autonomia a seus agentes ao livrar-se da obrigatoriedade de abordar temas religiosos, pol�ticos, de realezas, etc.
, mas a onda neoliberal acabou for�ando os artistas, escritores, produtores culturais e afins a engedrarem produtos para atender a demanda mercadol�gica, retirando assim, a autonomia duramente conquistada.
O ataque de Bourdieu � direcionado ao neoliberalismo,$5 minimum deposit online casinoespecial, a na��o americana, que � acusada de tentar impor como universal o seu modelo econ�mico.
Se essa tese$5 minimum deposit online casinorela��o � cultura pode ter validade, no campo futebol�stico, h� ressalvas.
Vejamos como Giulianotti e Robertson (2009) negam a influ�ncia americana sobre a globaliza��o do futebol.
Para os autores, os esportistas americanos rejeitavam conscientemente os jogos europeus modernos porque lembravam culturas do velho mundo, do colonialismo, do socialismo.
Por isso, enquanto o futebol se popularizava na Europa, Am�rica Latina e �sia, os esportes americanos (futebol e baseball) tinham apoio da sociedade americana, notadamente no sistema educacional, meios de comunica��o e ind�strias, uma vez que era uma maneira simb�lica dos imigrantes mostrarem seu comprometimento com a nova sociedade.
Outro aspecto interessante levantado pelo autor � que a globaliza��o do esporte � distinta das outras formas de cultura mundializada como a m�sica e filme, que foram influenciadas fortemente pela sociedade norte-americana.
O esporte americano n�o tentou se difundir pelo mundo, ao contr�rio, se contentou$5 minimum deposit online casinosatisfazer com o engajamento dom�stico que celebra a modo de vida americano.
Importante lembrar que a americaniza��o est� deixando de ser homog�nea$5 minimum deposit online casinofun��o da diversidade que as influ�ncias dos grupos imigrantes e das novas formas de diferencia��o identit�ria.
Basta lembrar que o futebol (soccer) � muito apreciado pelos migrantes latinos e europeus que v�em no futebol uma oportunidade para celebrar publicamente$5 minimum deposit online casinoidentidade (GIULIANOTTI; ROBERTSON, 2009).
Considera��es finais
Essa tentativa de realizar uma aproxima��o entre o processo de Globaliza��o e o Futebol possibilitou algumas constata��es iniciais:
As caracter�sticas inerentes � Globaliza��o, na vis�o de Scheuermman, demonstraram ser aplic�veis ao mundo do futebol, ou seja, parece plaus�vel que o futebol seja entendido enquanto objeto de estudo, um fen�meno desterritorializado, dotado de elevada interconectividade social e usu�rio beneficiado significativamente pela velocidade das atividades sociais; A discuss�o da rela��o entre o local e o global � muito pertinente ao atual quadro do futebol haja vista que a predomin�ncia da modalidade na m�dia mundial provoca um desequil�brio nas rela��es com as outras modalidades; e A hegemonia do Futebol, enquanto um produto da ind�stria do entretenimento mundial causa discuss�es te�ricas, acarretando inclusive sugest�es de alternativas para opor a essa predomin�ncia.
Notas
Exemplos dados por Renato Ortiz em: Ortiz, R.
Mundializa��o e Cultura.
S�o Paulo: Brasiliense, 2000.
A Lei do Passe regia a forma dos contratos de trabalho dos jogadores profissionais de futebol no Brasil e era considerada uma lei arcaica e escravagista.
Boa parte do cap�tulo 1 e 2 tratar�o sobre a luta pela revoga��o dessa lei.
"Em 1988, Bosman transferiu-se para o RC Li�ge, time da segunda divis�o da B�lgica.
Dois anos mais tarde, ap�s ter o seu sal�rio reduzido drasticamente, Bosman tentou uma transfer�ncia, mas$5 minimum deposit online casinoequipe impediu-o de ir jogar na Fran�a.
O jogador recorreu, ent�o, � Justi�a comum.
Ao final de uma batalha judicial que durou cerca de cinco anos, a UEFA tentou evitar a derrota$5 minimum deposit online casinotroca de US$ 1,4 milh�o, mas n�o conseguiu.
A decis�o a favor de Bosman, ao estabelecer nova jurisprud�ncia, n�o deixou d�vida quanto � posi��o contr�ria do Supremo Tribunal Europeu a duas regras fundamentais que regeram o futebol profissional durante d�cadas, a saber: (i) a exig�ncia de que a equipe � qual o atleta estivesse vinculado deveria fornecer um atestado liberat�rio para a transfer�ncia deste para uma outra equipe, mesmo depois de encerrado o prazo contratual; [...]" (PRONI 1998, p.169).
Quando Maguire fala de fluxo humano, ele quer fazer refer�ncia aos movimentos de pessoas como turistas, trabalhadores, migrantes.
No caso esportivo parece f�cil de identificarmos tal situa��o seja com os profissionais do esporte que se deslocam com freq��ncia, quer seja com os torcedores que podem ser considerados turistas.
O fluxo tecnol�gico diz respeito � transfer�ncia de equipamentos e m�quinas, que no contexto esportivo tamb�m acontece com a necessidade de se ter equipamentos que possam melhorar a performance, durante o jogo ou na prepara��o.
Ex: chuteiras, rob�s, programas e aparelhos para incrementar preparo f�sico, an�lise biomec�nica dos movimentos, etc.
O fluxo econ�mico relaciona-se com o interc�mbio de moedas, no esporte podendo ser exemplificado com as rescis�es contratuais e transfer�ncias de atletas, pr�mios$5 minimum deposit online casinodinheiro, direitos televisivos, e o pr�prio mercado de equipamentos esportivos para pr�tica e torcedores.
O fluxo midi�tico envolve o movimento veloz das informa��es dentro dos meios de comunica��o de massa.
O esporte espet�culo enquanto protagonista da ind�stria do entretenimento fez com que modelos de pr�ticas esportivas locais se adaptassem ao modelo global.
O fluxo ideol�gico est� ligado � transmiss�o de id�ias associadas � movimentos e ideologias estatais/paraestatais.
O autor usa os Jogos Ol�mpicos para exemplificar como as na��es l�deres utilizavam o esporte para divulga��o de seu sistema econ�mico/ideol�gico.
Refer�ncias bibliogr�ficasBOURDIEU, P.
Contrafogos: t�ticas para enfrentar a invas�o neoliberal.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998.FERRARI, L.Brasil/Jap�o .
Dispon�vel em: http://www1.folha.uol.com.
br/fsp/turismo/fx0805200801.htm.Acesso$5 minimum deposit online casino14 ago.2014.GIULIANOTTI, R.; ROBERTSON, R.
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Mundializa��o e Cultura.
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The Stanford Encyclopedia of Philosophy (Summer 2010 Edition), Edward N.Zalta (ed.).
Dispon�vel em: http://plato.stanford.
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Pol�cia da �ndia usa bast�es para dispersar multid�o que buscava ingressos no cr�quete.
Dispon�vel em: http://esporte.uol.com.
br/ultimas-noticias/2011/03/21/policia-da-india-usa-bastoes-para-dispersar-multidao-que-buscava-ingressos-no-criquete.jhtm.Acesso$5 minimum deposit online casino14 ago.2014.
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